Rever a Vida

rever, analisar, pensar, o que nos rodeia é essencial na nossa tomada de decisão e opção isto aplica-se a todos os aspectos da nossa vida do mais simples ao mais complexo


domingo, 2 de março de 2014




Ex.mo Sr. Presidente do Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas

Ex.mos Sr.s Presidentes do Parlamento Europeu e Assembleia da República Portuguesa



Sahara Ocidental é imperioso respeitar a Resolução das Nações Unidas





Cumpridos que foram no passado dia 27 de Fevereiro 38 anos da autoproclamada República Árabe Sarahuí Democrática, sem que a autodeterminação deste território se tenha cumprido, os signatários, reunidos na Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário em Lisboa, Portugal, solidários com o povo saharauí, que aguarda pacificamente a implementação das resoluções das Nações Unidas há mais de vinte anos e se encontra numa situação de perigo e ameaça diária por parte das autoridades Marroquinas no território ocupado do Sahara Ocidental, vêm por este meio apelar à adopção de medidas que promovam a aplicação dos acordos assinados pelas duas partes respeitando os direitos do povo saharauí.



O desenvolvimento da situação no Sahara Ocidental, em que as recorrentes ondas de violência e a falta de transparência que rodeiam os acontecimentos, demonstram a necessidade urgente de tomadas de posição, por parte da ONU (no âmbito das suas funções) e da Comunidade Internacional que instem o Reino de Marrocos a respeitar os acordos assinados sob a égide das Nações Unidas.



O reino de Marrocos prossegue até hoje a sua saga colonizadora e assassina no Sahara Ocidental, um regime que oprime e desrespeita os direitos humanos da população saharauí residente num território ilegalmente ocupado desde 1975, violando a decisão do tribunal internacional e desrespeitando a resolução das Nações Unidas de realização de referendo.



Muitos são já os casos de flagrante violação dos direitos humanos do Povo Saharauí e são por demais manifestas as atitudes contrárias à Carta das Nações Unidas perpetradas pelo Reino de Marrocos, numa atitude de desrespeito e desafio ao direito internacional, perante a passividade da comunidade internacional.



Cabe a Comunidade Internacional reafirmar a obrigação da observação dos termos dos acordos assinados sob a égide das Nações Unidas e a validade das resoluções assumidas neste fórum, instando o Reino de Marrocos à realização do referendo de autodeterminação acordado entre este reino os legítimos representantes do povo saharauí.



Não é de somenos importância o reconhecimento que a MINURSO continua a ser a única missão de manutenção de paz sem um mandato para vigiar os Direitos Humanos e consequentemente as Nações Unidas não estão a cumprir com a sua responsabilidade de protegerem as vítimas deste conflito. Neste âmbito urgem acções, junto das Nações Unidas, no sentido da inclusão no mandato da MINURSO, das medidas que garantam essa efectiva e eficaz vigilância dos Direitos Humanos.



Os signatários apela aos destinatários que assumam uma posição firme em defesa da população saharaui e exijam o respeito pelo direito internacional e pela resolução das Nações Unidas, nomeadamente:



·  Reafirmando o direito à autodeterminação do povo saharaui;

· Exigindo a realização do referendo organizado pelas Nações Unidas, suspenso há vários anos e até a realização do mesmo a inclusão da monitorização dos direitos humanos no mandato da MINURSO;

· Promovendo acções concretas com vista à resposta efectiva e urgente às necessidades das populações nos campos de refugiados saharauis;

·   Denuncia e condenando a repressão do Reino de Marrocos contra o povo saharaui nos territórios ocupados;

·   Denunciando o acordo das pescas  entre a União Europeia e Marrocos, e prospecção de petróleo e a extracção de fosfatos e outras riquezas naturais levadas a cabo pelo Reino de Marrocos, que correspondem  ao saque de recursos do Sahara Ocidental;

·  Exigindo a libertação imediata de todos os prisioneiros políticos saharauis, referenciando os detidos na Prisão de Salé na sequência do iníquo processo dos 24 de   Gdeim Izik;

·     Rejeitando todas as formas de colonialismo e imperialismo e reafirmando o direito de todos os povos a resistir à ocupação, de acordo com os princípios que norteiam as Nações Unidas.





Lisboa e Voz do Operário, 1 de Março de 2014



            os signatários