Rever a Vida

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Polícia marroquina faz dezenas de feridos ao reprimir manifestações de pesar pela morte de Mahfud Ali Beiba

Em comunicado difundido na manhã de Domingo, a CODESA (Colectivo de Defensores Saharauis de Direitos Humanos) denuncia a actuação repressiva da polícia marroquina contra centenas de saharauis precedentes de todas as cidades saharauis para exercer o seu direito à oração de despedida do dirigente saharaui Mahfud Larosi Ali Beiba, falecido na passada sexta-feira devido a ataque cardíaco. Centenas de cidadãos concentraram-se frente à casa dos pais do desaparecido dirigente nacionalista, situada no bairro de El Matar, numa manifestação de silêncio e oração em memória da sua alma.

O velório a um ente querido faz parte da cultura saharaui, quando essa pessoa parte para sempre. As autoridades de ocupação marroquinas impediram os saharauis de cumprir esse dever e essa tradição da sua cultura. Para isso mobilizaram dezenas de efectivos dos serviços de segurança e militares para dispersá-los e reprimi-los, deixando um saldo de vários feridos, entre eles Hasana Mohamed Duehi e Deij Mohamed Dueihi, irmãos de Mahfud Ali Beiba.

Entre as pessoas feridas estão as senhoras Smati Sbai, Rafia mint Elbujari, Jadiyetu mint Sidi Ahmed Bol-la, Baki mint Sidi Bol-la, Zahra Erguibi, Facka Badadi, El Alia El Fares e os jovens Mohamed Ali Kueirina, Mulay Lehsen e Ahmed Ali Dueihi, sobrinho do falecido.

As autoridades marroquinas impediram também que destacados defensores saharauis dos direitos humanos pudessem cumprir o seu dever de oração e pesar para com a família de Mahfud Ali Beiba. Entre esses militantes impedidos de se aproximar da casa dos pais do dirigente saharaui falecido estão Aminetu Haidar, El Arbi Masaud, Ahmed Emjeyid, Brahim El Isamili, Sukeina Yid Ehlu, Saleh Erguibi, Endur Rashid, Mohamed Ali, Salek El Batal, Facka Badadi, Mohamed Saleh Aman, Abderrahaman El Bugarfaui, Taclabut Saleh, Mohamed uld Abba Mohamed, Salama Lehsen, Lidri El Husein, Ehamed Mahmud e Freitisna Mohamed Fadel.

1 comentário:

  1. Estes acontecimentos não deveriam ter jamais lugar: a violência, o desrespeito pelos mais elementares direitos, o medo, o terror, faz adivinhar a manutenção,aceite, de uma situação que deve ser urgentemente irradicada.
    Isabel LS

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